Friday, October 27, 2006

recordar é viver

(cindy sherman na areia)

(sereia)

(a espuma dos dias)

(o motivo de acordar às 9h)

(walking on sunshine)

As ficções da rainha mártir

Para entender a verdadeira extensão deste novo retrato de Maria Antonieta, proposto por Sofia Coppola, centrado numa adolescente inadaptada, mártir de um mundo que a ultrapassa, convém lançar um olhar sobre as representações que o cinema, atraído pelo cariz romântico (no sentido restrito do termo) da personagem, cristalizou em ficções históricas para o grande público. Desde logo, avultam dois filmes, responsáveis por uma imagem dominante: "Maria Antonieta" (1938), do tarefeiro hollywoodiano W. S. Dyke, serve de veículo para a inefável Norma Shearer, estrela protegida pela sua relação marital com o produtor Irving Thalberg, e aparece no apogeu do estilo decorativista da MGM, instrumentalizando a História ao serviço de uma tórrida história de amor com o conde de Fersen, confiado ao ídolo das matinés, Tyrone Power; "Maria Antonieta" (1955) do francês Jean Delannoy, um dos representantes cimeiros do "cinema de papa", segue a mesma linha de "qualidade", embora procure reenquadrar, no contexto francês, uma pompa de trajes e perucas, falsamente adequados ao estrelato local dos fascinantes olhos azuis de Michelle Morgan, coadjuvada pelo britânico Richard Todd, em Fersen, dando, por igual, preponderância ao romance adúltero com o aristocrata sueco. Em ambos os casos, se confere papel secundário ao marido "enganado" e pueril, entregando, no filme americano, a personagem de Luís XVI a um actor de composição, o inesquecível Robert Morley. Em ambos, também, tudo se concentra no brilho dos actores e na atenção aos valores de produção, sem análise das contradições ideológicas ou das ritualizações excessivas, que explicariam o drama da heroína, perdida num complexo labirinto de interesses. Claro que podemos entrever outros retratos da austríaca, como "secundária" ou como descentrada presença, em filmes de menor impacte: desde a rainha perseguida de Eléonore Hirt, em "La Nuit de Varennes" de Ettore Scola, até à irrisória encarnação de Ursula Andress, em "Liberte, Égalité, Choucroute" (1985), passando pela fútil leitura de "The Affair of the Necklace" (2001), com Joely Richardson, ou pela inscrição da figura real em obras de conjunto, como a prestação de Lisa Delamare, em "La Marseillaise" (1938) de Jean Renoir, ou a de Lana Marconi nas sagas históricas de Sacha Guitry, seu marido da altura, "Si Versailles Nous Était Conté" (1954) e "Si Paris Nous Était Conté" (1956). Temos, até, a inesperada composição de Ute Lemper em "L"Autrichienne" (1990) ou a fugaz representação de Nina Foch, no clássico e "coreografado" filme de capa-e-espada, "Scaramouche" (1952) de George Sidney. Nenhuma destas tentativas de revisitar a rainha, sacrificada à transformação do mundo, atinge a complexa dimensão humana da "virgem suicida" de Sofia Coppola, nem a grandeza do mito reinscrito na modernidade.
(in Publico)
www.sonypictures.com/movies/marieantoinette

Marie Antoinette (versão pop)

SOUNDTRACK 1
1. "Hong Kong Garden" - Siouxsie & The Banshees
2. "Aphrodisiac" - Bow Wow Wow
3. "What Ever Happened" - The Strokes
4. "Pulling Our Weight" - The Radio Dept.
5. "Ceremony" - New Order
6. "Natural's Not In It" - Gang Of Four
7. "I Want Candy (Kevin Shields Remix)" - Bow Wow Wow
8. "Kings Of The Wild Frontier" - Adam & The Ants
9. "Concerto in G" * - Antonio Vivaldi / Reitzell
10. "The Melody Of A Fallen Tree" - Windsor For The Derby
11. "I Don't Like It Like This" - The Radio Dept.
12. "Plainsong" - The Cure

SOUNDTRACK 2
1. "Intro Versailles"* - Reitzell / Beggs
2. "Jynweythek Ylow" - Aphex Twin
3. "Opus 17" - Dustin O'Halloran
4. "Il Secondo Giorno (Instrumental)" - Air
5. "Keen On Boys" - The Radio Dept.
6. "Opus 23" *- Dustin O'Halloran
7. "Les Baricades Misterieuses"* - Francois Couperin / Reitzell
8. "Fools Rush In (Kevin Shields Remix) - Bow Wow Wow
9. "Avril 14th" - Aphex Twin
10. "K. 213" * - Domenico Scarlatti / Reitzell
11. "Tommib Help Buss" - Squarepusher
12. "Tristes Apprets.." - Jean Philippe Rameau /W. Christie
13. "Opus 36" *- Dustin O'Halloran
14. "All Cat's Are Grey" - The Cure

muse

(ontem encheu-se o Campo Pequeno)

Wednesday, October 25, 2006

estou de castigo...

Remember me when you're the one who's silver screen
Remember me when you're the one you always dreamed
Remember me whenever noses start to bleed
Remember me, special needs

Just 19 and sucker's dream I guess I thought you had the flavour
Just 19 and dream obscene with six months off for bad behaviour

Remember me when you clinch your movie deal
And think of me stuck in my chair that has four wheels
Remember me through flash photography and screams
Remember me, special dreams

Just 19 this sucker's dream I guess I thought you had the flavour
Just 19 and dream obscene with six months off for bad behaviour
Just 19 and sucker's dream I guess I thought you had the flavour
Just 19 and dream obscene with six months off for bad behaviour

Remember me...
(Placebo)

Friday, October 20, 2006

DocLisboa: começa hoje

Monday, October 16, 2006

1ª noite/madrugada em Lisboa

Faz no dia 14 de Outubro cerca de 8 meses desde a primeira festa do Projecto Marginal, a inesquecível Retro e Tal. Esta festa foi o mote de partida para tudo aquilo que viria a acontecer durante os meses que se seguiram. Os anos 80 foram celebrados, revividos e redançados com um entusiasmo que espantou tanto público como organização...o facto é que desde então um grupo fiel de entusiastas têm vindo a frequentar as nossas festas e são eles que as tornam especiais e com um ambiente único. Assim a temática lógica para esta reentré pós-Verão só poderia ser os 80’s, com música dos Joy Division, New Order, The Cure, The Smiths, Depeche Mode, entre outros nomes sonantes da cena 80. A festa Retro 80’s abre com uma programação de curtas-metragens “Outlaw Shorts”, seguindo-se o Dj La Revenche de Las Pitas que prima por uma escolha musical movimentada, um desempenho profissional com loucura e non-sense à mistura, e, para fechar os nossos Dj’s fetiche, os Lisbon After Midnight que nos acompanham desde o início e já mais que provaram o seu valor nestas andanças. O Ateneu é mais um espaço mítico da cidade de Lisboa. Edifício com mais de um século e com uma localização central (rua do Coliseu, Restauradores) reúne todas as condições necessárias para o efeito. A escola 1001 Danças, aqui sedeada, promete adicionar um pequeno extra à festa.
Resumindo, 14 de Outubro, Ateneu Comercial de Lisboa, 22h, 3€ de entrada, Retro 80’s.
FOI MUITO BOM!
www.projectomarginal.com

Friday, October 06, 2006

1º dia do resto das nossas vidas

(David em Macau)

(Sofia em Timor)

(Eu de regresso a Lisboa)

baby i'm ready to go...

14 de Outubro - PARADISE GARAGE - Lisboa

www.symbioseonline.com/nv.php

AVISO IMPORTANTE

Ainda estamos em Outubro, mas eu tenho a certeza disto:
A Senhora da Água é o pior filme do ano!