Friday, September 22, 2006

fugi...

Wednesday, September 20, 2006

mais 1 susto?

No cinema de Buñuel há sempre transcendência

Oliveira regressa a Veneza exactamente 50 anos após a sua primeira visita ao festival, em 1956, quando acompanhou a exibição de O Pintor e a Cidade, documentário sobre o Porto, em que experimentava, pela primeira vez, o trabalho da cor.

Lembra-se da viagem de há 50 anos?
Em 1956 estive em Veneza 15 dias e vi os filmes todos do festival - nessa altura tinha tempo, não me chateavam com entrevistas... O meu filme começou por ser pateado, mas, no final, foram surpreendidos de uma maneira inesperada, e os aplausos foram totais, e a crítica muito favorável.

Por que decidiu homenagear Luís Buñuel? O que lhe interessa mais no seu cinema?
Aquilo que me agrada mais é a sua ironia e, ao mesmo tempo, o seu desespero. Para mim, e ao contrário do que toda a gente pensa, ele é um homem profundamente crente. Mas é descrente na humanidade. Em Viridiana, por exemplo, faz a simulação da Última Ceia e põe um cego no lugar de Cristo. A ideia dele é que os cegos são maus e perversos - e justamente põe ao centro da mesa um cego! A certa altura, ele diz: "É melhor tirar uma fotografia." E há uma mulher que passa à frente da mesa e levanta a saia, de costas para a câmara. O que eu admiro nele é que ele distingue nitidamente o público do privado. Buñuel nunca mostrou uma relação sexual, embora a indicasse, às escondidas - o mais atrevido que ele faz é pôr a mão no rabo da senhora, e escondê-la logo a seguir. É um homem profundamente subtil. É este contraste que me faz considerá-lo. Além disso, é um excelente realizador - não faz circo, vai ao essencial. E no cinema dele há sempre uma transcendência. O surrealismo nele é uma fórmula, que lhe é muito favorável, para o seu lado irreverente - é a maneira de mostrar o outro lado da realidade. Não é tanto uma fórmula estética, mas uma maneira de expressar o íntimo do ser humano - na sua perversidade.

Quem viu Belle de Jour, esperaria ver no seu filme Catherine Deneuve ao lado de Michel Piccoli. Só lá está Piccoli. Porquê?
Naturalmente, não podia deixar de convidar a Catherine Deneuve. Mas ela não estava disponível... Mas isto não é importante. Eu filmo personagens, e os actores só contam na medida em que representam essas personagens. Pode ser com um ou com outro actor.
Sérgio C. Andrade (PÚBLICO)

pequenas lágrimas, grande enxurrada

You've been lying in bed for a week now
Wondering how long it'll take
You haven't spoken or looked at her in all that time
It's the easiest line you could break
She's been going (about) around her business as usual
Always with that melancholy smile
But you were too busy looking into your (affairs) head
To see those tiny tears in her eyes

Tiny tears make up an ocean
Tiny tears make up a sea
Let them pour out, pour out all over
Don't let them pour all over me

How can you hurt someone so much your supposed to care for
Someone you said you'd always be there for
But when that water breaks you know you're gonna cry, cry
When those tears start rolling you'll be back

Tiny tears...

You've been thinking about the time, you've been dreading it
But now it seems that moment has arrived
She's at the edge of the bed, she gets in
But it's hard to turn the opposite way tonight

Tiny tears...
(Tindersticks)

Thursday, September 14, 2006

1h30 de tortura

Seguindo-me pela máxima “de borla, até injecções nos olhos” fui ontem à noite à ante-estreia do filme “My Super Ex-Girlfriend”. Não há grandes comentários a tecer, só a certeza que as benditas injecções seriam bem menos dolorosas!

Wednesday, September 13, 2006

em repeat no ipod

You sit there in your heartache
Waiting on some beautiful boy
To save you from your old ways
You play forgiveness
Watch it now ... here he comes!

He doesn't look a thing like Jesus
But he talks like a gentlemen
Like you imagined when you were young

Can we climb this mountain
I don't know
Higher now than ever before
I know we can make it if we take it slow
Let's take it easy
Easy now, watch it go

We're burning down the highway skyline
On the back of a hurricane that started turning
When you were young
When you were young

And sometimes you close your eyes
and see the place where you used to live
When you were young

They say the devil's water, it ain't so sweet
You don't have to drink right now
But you can dip your feet
Every once in a little while

You sit there in your heartache
Waiting on some beautiful boy
To save you from your old ways
You play forgiveness
Watch it now here he comes

He doesn't look a thing like Jesus
But he talks like a gentlemen
Like you imagined when you were young
(He talks like a gentlemen, like you imagined when)
When you were young

I said he doesn't look a thing like Jesus
He doesn't look a thing like Jesus
But more than you'll ever know
(The Killers)

aquele homem charmoso

Precisei de 01 mês para digerir o Festival Paredes de Coura.
Andei “histérica”, como muitos disseram, a contar os dias para a actuação de MORRISSEY: muito esperei pelo seu regresso a Portugal e, na realidade, é difícil descrever o que senti quando o vi entrar em palco. Ele já não é o rapaz de óculos de massa e ramos-de-flores-giratório na mão, mas não nos podemos esquecer que 20 anos passaram desde essa altura. Contudo, foi uma noite de sacrifícios: pés gelados; camisola que se molhou, secou e encolheu em mim; terrível dor de pernas por ter passado o dia inteiro a conduzir; concertos chatos e intermináveis; ansiedade incontrolável…
Apresentaram-se com uma vénia de agradecimento conjunta e o concerto iniciou-se com a “How Soon Is Now”. A chuva continuou e o concerto também: First Of The Gang To Die / You Have Killed Me / The Youngest Was The Most Loved / Let Me Kiss You / Girlfriend In A Coma / In The Future When All's Well / Don't Make Fun Of Daddy's Voice / I'll Never Be Anybody's Hero, Now / Stop Me If You Think You've Heard This One Before / Life Is A Pigsty / We'll Let You Know / I Will See You In Far-off Places / If You Don't Like Me, Don't Look At Me / Irish Blood, English Heart / At Last I Am Born / I Just Want To See The Boy Happy / Panic (mesmo que apenas 1 verso!)
O tempo passava e eu percebi que a carreira de Morrissey a solo está longe dos tempos áureos do VIVA HATE ou do YOU ARE THE QUARRY. Na realidade, a músicas do novo álbum são uma seca!!! Talvez esteja mais calmo, menos ressabiado. Talvez até tenha encontrado o amor ao lado de um italiano qualquer, mas eu prefiro tudo dos 20 anos anteriores de sofrimento e dor. Contudo, e em comparação com Benicassim, a “nossa” set list foi incomparavelmente superior, apesar do desastroso final. Acho que ficamos todos com a sensação de coito interrompido… Se tem tiques de primadonna? Não sei! Só sei que a banda sonora da minha vida não é interpretada por aquela pessoa … À parte disso, foi irónico ver indivíduos com t-shirts de The Smiths a deliciarem-se com Macdonalds e KFC.
Resumindo: o concerto de Morrissey deixou-me um grande “amargo de boca” e o dia 15 de Agosto impôs-se de tal maneira, que os meus kompensans diários não me têm conseguido acalmar.
Para o ano (não) há mais…

Tuesday, September 12, 2006

abichanados

os meus amigos dizem que só gosto de rapazes "abichanados":
MAS ISSO VAI MUDAR!

prenda de anos II

Pieces Of The People We Love
(The Rapture)
www.piecesofthepeoplewelove.com

questão de transparência

Monday, September 11, 2006

está desfeito

Mine, immaculate dream made breath and skin
I've been waiting for you
Signed, with a home tattoo,
Happy birthday to you was created for you

(can't ever keep from falling apart
At the seams
Can't I believe you're taking my heart
To pieces)

Oh, it'll take a little time,
Might take a little crime
To come undone now
We'll try to stay blind
To the hope and fear outside
Hey child, stay wilder than the wind
And blow me in to cry

Who do you need, who do you love
When you come undone

Words, playing me deja vu
Like a radio tune I swear I've heard before
Chill, is it something real
Or the magic I'm feeding off your fingers

(can't ever keep from falling apart
At the seams
Can't I believe you're taking my heart
To pieces)

Lost, in a snow filled sky, we'll make it alright
To come undone now
We'll try to stay blind
To the hope and fear outside
Hey child, stay wilder than the wind
And blow me in to cry

Who do you need, who do you love
When you come undone
(Duran Duran)

9/11: five years later

prenda de anos I

Agenda 51%Lomo 2007
www.lomografiaportugal.com

i win

os meus ganhos continuam a ser ridículos:
1 convite duplo
1 binóculos
1 bloco de notas
1 t-shirt
www.castellolopesmultimedia.com/aminhasuperex

Friday, September 08, 2006

continuo doente

I decree today that life
Is simply taking and not giving
England is mine - it owes me a living
But ask me why, and I'll spit in your eye
Oh, ask me why, and I'll spit in your eye
But we cannot cling to the old dreams anymore
No, we cannot cling to those dreams
Does the body rule the mind
Or does the mind rule the body ?
I dunno...
Under the iron bridge we kissed
And although I ended up with sore lips
It just wasn't like the old days anymore
No, it wasn't like those days
Am I still ill ?
Oh ...Am I still ill ?Oh ...
Does the body rule the mind
Or does the mind rule the body ?
I dunno...
Ask me why, and I'll die
Oh, ask me why, and I'll die
And if you must, go to work - tomorrow
Well, if I were you I really wouldn't bother
For there are brighter sides to life
And I should know, because I've seen them
But not very often ...Under the iron bridge we kissed
And although I ended up with sore lips
It just wasn't like the old days anymore
No, it wasn't like those days
Am I still ill ?
Oh ...Oh, am I still ill ?Oh ...
(The Smiths)

Thursday, September 07, 2006

volver

Depois de "Má Educação", Pedro Almodóvar volta a olhar o universo das mulheres, num filme que marca também o seu regresso e reconciliação com a sua terra natal, as suas raízes e a sua própria mãe. Três gerações de mulheres sobrevivem ao vento quente, ao fogo, à loucura, à superstição e até mesmo à morte, graças à bondade, mentiras e uma vitalidade sem limites. São elas Raimunda (Penélope Cruz), casada com um operário a viver do subsídio de desemprego e uma filha adolescente (Yohana Cobo); Sole (Lola Dueñas), a sua irmã, que ganha a vida como cabeleireira; e a mãe de ambas (Carmen Maura), morta num incêndio, juntamente com o marido.O fantasma de Carmen regressa à terra para ajudar primeiro a sua irmã (Chus Lampreave) e depois Sole. Embora seja com Raimunda que tenha em vida deixado assuntos pendentes, tal como fez com a vizinha da sua aldeia, Agustina.O conjunto de actrizes de "Voltar" ganhou o Prémio de Melhor Interpretação Feminina no Festival de Cannes.
www.volver-lapelicula.com

Tuesday, September 05, 2006

daqueles dias

hoje é daqueles dias
em que só me apetece ficar no sofá
abraçada à pattyzinha

Monday, September 04, 2006

Paredes de Coura (as fotos possíveis)

(quando ainda estava sol e bom tempo)

(o meu Moz...)

(Lux Interior dos The Cramps)

(Poison Ivy dos The Cramps)

Brandon Flowers, o matador

É já no dia 02 de Outubro
www.thekillers.co.uk

saudades minhas

tenho saudades de casa. do trânsito da cidade. da gente apressada. de não cumprimentar ninguém no elevador. das noites de incógnito. dos lanches no chiado. de conseguir dormir os domingos até tarde. de visitar os avós. de visitar a outra avó. de sentir as músicas do antónio variações. da lídia e da suzy. do zé. do planeta pop. dos copos e das garrafas. tenho saudades de ouvir demasiado barulho. de que entrem no meu quarto sem bater à porta. tenho saudades de quando não estava sozinha…

livro de cabeceira

Sinopse: Esta obra foi feita a pensar nos jovens advogados, com o objectivo de os acompanhar, aconselhar e estimular no início da sua carreira. São reflexões sobre temas variados, apresentadas sob a forma de cartas, o que aproxima autor e leitor, e ameniza a leitura. Entre aspectos teóricos e deontológicos respeitantes ao foro judicial, e os que fazem parte do dia-a-dia profissional que qualquer advogado deverá dominar exemplarmente, há também lugar para um saudável humor, sempre crítico e construtivo, por vezes mesmo anedótico, só possível quando se possui uma vastíssima experiência e uma abrangente cultura humanista. Cartas a Um Jovem Advogado constitui acima de tudo uma visão crítica, polémica, mas interessante e esclarecedora, sobre a advocacia em Portugal, e como tal susceptível de agradar a um público generalizado.
(Editorial Presença)

Saturday, September 02, 2006

nadas

já com 09 meses de existência, a minha estadia no Porto tem sido cheia de... nadas!
aqui o tempo passa mais depressa: http://blogs.publico.pt/artephotographica/